“É
comum se falar sobre parcerias na advocacia, mas após diversas tentativas
equivocadas, como podemos reconhecer os pontos críticos?”
- Parceria
não é Trampolim!
Este
é primeiro ponto para que uma parceria não siga avante e, infelizmente, é o que
mais acontece. Existe um conceito de “usar” uma suposta parceria para chegar a
um resultado, muitas vezes exercendo um grande egoísmo unilateral. De tempos em
tempos, surgirão propostas de profissionais que buscam apenas fazer algum tipo
de coligação parceira, mas será necessário de sua parte avaliar se o pensamento
é, de fato individual e não voltado a parceria. Nestes profissionais, será
clara a postura de alguém que projeta no colega um meio ao qual poderá chegar a
algum tipo de resultado, sem ter pensado muito no que isso representa para o
outro lado. Parceria é casamento, cada um deveria contribuir com metade.
Fica
aqui então a primeira dica para uma parceria de sucesso: tenha uma proposta
real de resultado para seu prospect parceiro e não para você. É muito mais
fácil conectar-se se você sabe exatamente como pode ajudar o outro lado. Sem
egoísmo nos negócios, mais negócios perenes.
- Falta
de Reciprocidade!
Parece
existir um gama incrível de profissionais que não se importam, não tem um
“desconfiômetro” afinado ou não tem a necessidade de ser solidários ou
recíprocos com um parceiro.
São
inúmeros os casos de “parceiros” (note as aspas) para os quais foram abertos caminhos
com indicações de clientes, oportunidades e até mesmo indicações de outros
parceiros, e sequer pensaram em ser recíprocos. Este tipo de profissional não
será capaz de contribuir nem com engajamento nas redes sociais do amigo, mas
quando encontrado, irá reafirmar categoricamente a parceria que existe entre as
partes.
Portanto,
esse é o tipo de parceiro que você não quer ter em sua base e, sendo essa a situação,
siga para o próximo. Existe uma quantidade grande de outros profissionais que
fazem questão de valorizar sua parceria da maneira correta, sendo recíproco nas
oportunidades.
- Foco
Somatório!
A palavra “parceria” vem sendo usada constantemente
e em qualquer encontro alguém cita: “Poderíamos fazer uma parceria!”.
Entretanto, a verdade é que, para dar certo, o projeto precisa ser analisado no
intuito de entender se existe um foco adequado e integrado entre as partes.
“A expertise de ambos os lados se
complementam para o objetivo desta parceria?” – Essa deveria ser a primeira
pergunta a ser feita antes da formalização de qualquer ação conjunta.
- Falta
de Entusiasmo na Operação!
As
coisas não acontecem do dia pra noite. Não é porque existe uma nova parceria
que imediatamente novos resultados irão acontecer.
Entenda
que, mesmo mais fortes em conjunto, ainda deverá existir um esforço grande de todas
as partes envolvidas.
Isso
implica em constantemente tentar gerar oportunidades para os parceiros e para a
parceria. Veja o uso de palavras separadas.
Seguindo
o ensinamento do primeiro item, onde entendemos que ser egoísta é um tiro no
coração da parceria, a expressão “gerar oportunidades para parceiros” pode ser
entendida como: “mesmo que as oportunidades geradas não sejam imediatas para
você”. É fundamental pensar no parceiro como uma pessoa que gostaríamos de
ajudar, independentemente de qualquer coisa. E adivinhe: se as duas partes
pensam desta maneira, o que temos nas mãos? Uma parceria e, com toda certeza,
de sucesso.
Parceiros bons são difíceis de encontrar
e parcerias rentáveis, são difíceis de operacionalizar. Todavia, se executadas
da maneira correta, com bom senso e sem egoísmo dos dois lados, são
extremamente interessantes de serem implementadas no cotidiano do escritório ou
carreira.
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