terça-feira, 17 de maio de 2022

Parcerias na Advocacia

 


 

“É comum se falar sobre parcerias na advocacia, mas após diversas tentativas equivocadas, como podemos reconhecer os pontos críticos?”

 

Uma das ferramentas mais interessantes no marketing jurídico são as parcerias que, por muitas vezes, acabam não sendo gratificantes. Abaixo seguem alguns dos motivos mais impactantes para o insucesso.

 

  • Parceria não é Trampolim!

 

Este é primeiro ponto para que uma parceria não siga avante e, infelizmente, é o que mais acontece. Existe um conceito de “usar” uma suposta parceria para chegar a um resultado, muitas vezes exercendo um grande egoísmo unilateral. De tempos em tempos, surgirão propostas de profissionais que buscam apenas fazer algum tipo de coligação parceira, mas será necessário de sua parte avaliar se o pensamento é, de fato individual e não voltado a parceria. Nestes profissionais, será clara a postura de alguém que projeta no colega um meio ao qual poderá chegar a algum tipo de resultado, sem ter pensado muito no que isso representa para o outro lado. Parceria é casamento, cada um deveria contribuir com metade.

 

Fica aqui então a primeira dica para uma parceria de sucesso: tenha uma proposta real de resultado para seu prospect parceiro e não para você. É muito mais fácil conectar-se se você sabe exatamente como pode ajudar o outro lado. Sem egoísmo nos negócios, mais negócios perenes.

 

  • Falta de Reciprocidade!

 

Parece existir um gama incrível de profissionais que não se importam, não tem um “desconfiômetro” afinado ou não tem a necessidade de ser solidários ou recíprocos com um parceiro.

 

São inúmeros os casos de “parceiros” (note as aspas) para os quais foram abertos caminhos com indicações de clientes, oportunidades e até mesmo indicações de outros parceiros, e sequer pensaram em ser recíprocos. Este tipo de profissional não será capaz de contribuir nem com engajamento nas redes sociais do amigo, mas quando encontrado, irá reafirmar categoricamente a parceria que existe entre as partes.

 

Portanto, esse é o tipo de parceiro que você não quer ter em sua base e, sendo essa a situação, siga para o próximo. Existe uma quantidade grande de outros profissionais que fazem questão de valorizar sua parceria da maneira correta, sendo recíproco nas oportunidades.

 

  • Foco Somatório!

 

A palavra “parceria” vem sendo usada constantemente e em qualquer encontro alguém cita: “Poderíamos fazer uma parceria!”. Entretanto, a verdade é que, para dar certo, o projeto precisa ser analisado no intuito de entender se existe um foco adequado e integrado entre as partes.

 

“A expertise de ambos os lados se complementam para o objetivo desta parceria?” – Essa deveria ser a primeira pergunta a ser feita antes da formalização de qualquer ação conjunta.

 

  • Falta de Entusiasmo na Operação!

 

As coisas não acontecem do dia pra noite. Não é porque existe uma nova parceria que imediatamente novos resultados irão acontecer.

 

Entenda que, mesmo mais fortes em conjunto, ainda deverá existir um esforço grande de todas as partes envolvidas.

 

Isso implica em constantemente tentar gerar oportunidades para os parceiros e para a parceria. Veja o uso de palavras separadas.

 

Seguindo o ensinamento do primeiro item, onde entendemos que ser egoísta é um tiro no coração da parceria, a expressão “gerar oportunidades para parceiros” pode ser entendida como: “mesmo que as oportunidades geradas não sejam imediatas para você”. É fundamental pensar no parceiro como uma pessoa que gostaríamos de ajudar, independentemente de qualquer coisa. E adivinhe: se as duas partes pensam desta maneira, o que temos nas mãos? Uma parceria e, com toda certeza, de sucesso.

 

Parceiros bons são difíceis de encontrar e parcerias rentáveis, são difíceis de operacionalizar. Todavia, se executadas da maneira correta, com bom senso e sem egoísmo dos dois lados, são extremamente interessantes de serem implementadas no cotidiano do escritório ou carreira.